Entre as ações de assistência a pescadores da Colônia de Pesca Z-7 (Itaipu) atingidos pelo incêndio que destruiu o barracão de armazenamento de materiais de trabalho em Piratininga, o Governo do Estado entregou, na tarde desta quinta-feira, 3, alimentos e produtos aos profissionais que, sem redes e embarcações, não têm como trabalhar. Com produtos provenientes do Programa Banco de Alimentos da Ceasa-RJ, a ajuda será mantida quinzenalmente por três meses. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap), que acompanha os pescadores desde o sinistro ocorrido no último dia 27, aguarda o levantamento dos prejuízos já solicitado à colônia para definir outras formas de auxílio, como a doação de redes.

Embora o levantamento dos materiais perdidos ainda não tenha sido concluído, Aurivaldo José Almeida, o pescador Barbudo, diretor da colônia, estima que o prejuízo ultrapasse R$ 40 mil, com pelo menos 20 pescadores atingidos pelo incêndio do barracão que funcionava na Praia de Piratininga, próximo à Pedra da Baleia, na localidade conhecida como Prainha.

- Sabemos que entre os equipamentos perdemos quatro barcos: três de alumínio e um de madeira, o que soma R$ 20 mil. Havia também redes, remos e outros itens no barracão que era ponto de apoio dos pescadores de Piratininga há mais de 50 anos, e este tipo de coisa nunca tinha acontecido. Ainda bem que, mais uma vez, estamos contando com a ajuda da Sedrap - disse Barbudo.

Outras ações - A entrega dos kits foi coordenada pelo subsecretário de Estado de Pesca e Aquicultura, Marco Botelho, que no último sábado, 28, acompanhou depoimentos de pescadores na 81ª DP (Itaipu), onde o caso foi registrado, recomendando minuciosa perícia no local para que sejam descobertas as causas do misterioso incêndio. Desde então, Marco Botelho busca outras soluções que possam minimizar o prejuízo dos profissionais, adiantando que vai buscar soluções para a reconstrução do espaço.

- Além da doação de alimentos e de redes, vamos elaborar o projeto de um novo barracão que atenda às necessidades dos trabalhadores e captar recursos para a execução. Nosso objetivo é ajudar aqueles pescadores que têm a atividade como fonte de subsistência - afirma o subsecretário.

Banco de Alimentos - A doação de legumes, frutas e verduras foi possível graças ao Banco de Alimentos da Ceasa-RJ, órgão vinculado à Sedrap. Implantado há três anos no mercado de Irajá, na Zona Oeste do Rio, o programa foi ampliado este ano para os outros cinco mercados da Central de Abastecimento, já beneficiando 30 mil pessoas de mais de 200 instituições sociais cadastradas em diversos municípios do estado. O Banco de Alimentos atende também pessoas em situações emergenciais de vulnerabilidade de alimentos, como vítimas de enchentes e incêndios.