A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) se reuniu, nesta quarta-feira, dia 25, com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), para discutir parceria em dois projetos de fomento ao setor pesqueiro e aquícola fluminense, desde a produção à comercialização de pescado. Trata-se do “Fortalecimento da Pesca e da Aquicultura no Rio de Janeiro” e da “Certificação de Pescado Sustentável”, desenvolvidos pela Fundação em conjunto com outras instituições.

O presidente da Fiperj, Essiomar Gomes, acompanhado do subsecretário de Estado de Pesca e Aquicultura, Valdecir Ramiro, foi recebido pelo presidente do Inea, Marcus Lima, e pela coordenadora do Projeto de Gestão Integrada do Ecossistema da Baía da Ilha Grande (Projeto BIG), Helen Rolim. Pela Fundação também participaram o diretor de Pesquisa e Produção, Augusto Pereira, e os assessores Ana Carolina Iozzi (da diretoria) e Robson Camanho (da presidência).

Fortalecimento - Desenvolvido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro (Sebrae/RJ), o projeto de Fortalecimento da Pesca e da Aquicultura no estado tem a finalidade de tornar sustentáveis e competitivos os negócios provenientes dessas atividades. Suas principais metas são a regularização ambiental e a formalização desses profissionais, por meio de Fóruns. A Fundação participa na organização dos seminários técnicos direcionados ao público-alvo do projeto, além de prestar assistência quanto à regularização ambiental, ajudando os produtores desde a organização da documentação até o encaminhamento ao órgão responsável pelo licenciamento.

Certificação - A ação desenvolvida entre o Sebrae/RJ, a Fiperj e o Aquaculture Stewardship Council (ASC) é pioneira no estado, e visa certificar empreendimentos aquícolas fluminenses com um dos principais selos internacionais de aquicultura sustentável, pertencente ao programa Marine Stewardship Council (MSC). Aproveitando a escolha do Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o projeto conta com 16 propriedades inscritas que irão oferecer o pescado de qualidade ao evento, e algumas delas ainda estão em processo de regularização, por isso a articulação com o Inea é essencial.

- A certificação tem grandes vantagens de mercado e também contribui para a melhoria das condições de operação desses empreendimentos. Ainda permite ao consumidor final o rastreamento do pescado que é produzido com viabilidade econômica, respeito às condições ambientais e responsabilidade social - afirma o diretor Augusto Pereira.

A iniciativa é baseada na história de sucesso das Olimpíadas de Londres, em 2012, na qual grande parte do pescado consumido foi certificado com o selo do ASC. Hoje, a cidade é considerada a primeira “Sustainable Fish City” (Cidade do Pescado Sustentável), onde o compromisso público em servir apenas peixe sustentável influencia milhões de refeições por ano, contribuindo diretamente para a conservação dos estoques pesqueiros e melhoria da qualidade de vida dos profissionais do setor.