Quinta-feira 18 de Abril de 2024
Neste mês, a analista de recursos pesqueiros do Escritório Metropolitano I da Fiperj, Luciana Fuzetti, ministrou no Museu de Arqueologia de Itaipu um curso de curta duração sobre a responsabilidade do lixo na praia e o reconhecimento de ninhos de tartarugas a partir de rastros na desova. A ideia da capacitação surgiu após um ninho de tartaruga ser atropelado pelo trator que faz a limpeza da praia, em janeiro, quando pescadores e moradores locais solicitaram uma reunião com órgãos envolvidos e a comunidade. Este foi um caso isolado, pois Itaipu é uma área de alimentação e crescimento da Tartaruga-Verde (Chelonia mydas), e não de desova. O curso contou com a presença de agentes responsáveis pela limpeza da praia, comunidade local e pesquisadores.
Outro tema abordado durante a capacitação foi o ciclo de vida das tartarugas marinhas e situação atual das espécies que sofrem ameaças com o lixo. A palestra foi ministrada pela bióloga Suzana Guimarães, do projeto Aruanã. Na ocasião, o médico veterinário Carlos Eduardo Amorim, da Empresa CTA Meio Ambiente, apresentou o projeto de monitoramento dos animais marinhos que aparecem mortos ou debilitados na praia e o encaminhamento necessário nesses casos.
Segundo Luciana, "o conhecimento e a educação ambiental são capazes de uma transformação individual dos cidadãos responsáveis pelo lixo nas praias; se cada um fizer sua parte, a natureza poderá completar seu ciclo sem sofrer tantas pressões, ainda mais num local belíssimo e de pesca tradicional como é a praia de Itaipu - onde existe uma Unidade de Conservação decretada, a Reserva Marinha Extrativista de Itaipu, que preza pela tradição e conservação ambiental".
Este é o portal da Fiperj, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento - SEAPPA. A Instituição tem a missão de promover, através de políticas públicas, o desenvolvimento sustentável da aquicultura e da pesca fluminenses.