Na desova de 2017, os extensionistas do Escritório da Região Serrana da Fiperj identificaram, a partir de visitas de acompanhamento técnico às truticulturas da região, índices elevados de mortalidade nas fases de incubação, eclosão e alevinagem.

Os técnicos do escritório sugeriram, em reunião da Associação de Aquicultores da Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro (AquiSerra), que a baixa produtividade na reprodução poderia estar relacionada ao fato de que as matrizes disponíveis teriam alto grau de consanguinidade, visto que as desovas dos últimos anos foram feitas com matrizes da mesma linhagem. A partir deste diagnóstico, a Fiperj passou a auxiliar os produtores no intuito de trazer para a região uma nova linhagem de trutas da espécie Oncorhynchus mykiss, ficando responsável pela busca de linhagens confiáveis no mercado, pela logística de distribuição e transporte dos ovos e pelo acompanhamento técnico junto aos produtores envolvidos. Ao final do processo, foram atendidos 7 truticultores da associação, que compraram em conjunto 90 mil ovos embrionados.

Inicialmente, e para garantir o sucesso das ações, a equipe da Fiperj realizou diversas visitas às propriedades, com objetivo de preparar os laboratórios para receber os ovos e viabilizar as etapas de eclosão e alevinagem. A etapa seguinte consistiu em receber os ovos embrionados e garantir o transporte dos lotes a todos os produtores envolvidos. Os transportes foram realizados com sucesso e baixíssimos percentuais de mortalidade. Por fim, foram feitas diversas visitas às truticulturas que receberam os ovos, tendo como objetivo acompanhar o desenvolvimento dos lotes, desde ovos até a fase de alevinos.

Ao longo dos dois meses de acompanhamento no ano corrente, foram registrados altos índices de produtividade e baixo percentual de mortalidade, desde ovos até a fase de alevinos.