Sexta-feira 19 de Abril de 2024

Biodiversidade, monitoramento, estratégias de sobrevivência e prospecção de macroalgas extremófilas da Antártica marítima

As macroalgas marinhas estão na base da cadeia alimentar e são responsáveis pela transferência de macro e micronutrientes para outros níÂÂveis tróficos. Vale citar como exemplo, que as algas marinhas, por possuírem as enzimas nitrato redutase e nitrito redutase, são responsáveis pela redução do nitrato (forma mais abundante de nitrogênio nas águas marinhas) a nitrito e este a amônio, que serão incorporados aos esqueletos carbônicos para formar os aminoáÂÂcidos e proteíÂÂnas. Neste contexto, o presente projeto visa gerar um banco de dados sobre a diversidade de macroalgas associada a indicadores ambientais, avaliação das estratéÂÂgias de sobrevivência a ambientes antárticos aléÂÂm de abordar a bioprospecção de extratos algáceos, sustentando um estudo multidisciplinar de ecologia sustentáÂÂvel, conservação e potenciais aplicações biotecnológicas de algumas populações de macroalgas. Estes dados poderão auxiliar na elaboração e seleção de parâmetros ambientais mais sensíveis para monitoramento de aguas antárticas, alvo de turismo ainda que controlado, utilizando como ferramentas as téÂÂcnicas mais avançadas como o DNA Barcoding, Mass Spec high-through put para screening e metabolomica, CG-FID, PAM, ICP-MS e ICP-OES. O conhecimento sobre a diversidade, distribuição, ecofisiologia, biomassa e potencial de bioatividade em macroalgas fornecerá dados fundamentais para a interpretação dos efeitos das mudanças climáticas sobre os ecossistemas antárticos marinhos e suas conexões com a América do Sul. Ainda, a ausência de estudos sobre a mensuração do estado de conservação destas comunidades através de indicadores químicos (p.ex. metais pesados), sobre a bioatividade de compostos extraídos de algas antárticas isoladas biogeograficamente, e as lacunas do conhecimento sobre a taxonomia, diversidade e fisiologia das macroalgas de ecossistema antárticos justificam e ampliam o interesse desta investigação.
A FIPERJ é uma das poucas instituições envolvidas capaz de abordar as macroalgas como recursos pesqueiros e, portanto, com habilidade de auxiliar no seu manejo. O projeto permite a bioprospecção em algas ainda não testadas para a solução de problemas da própria aquicultura. Desta forma, busca-se identificar espécies de algas antárticas com substâncias bioativas (antiparasitária contra Neobenedenia, por exemplo) e conhecer a distribuição desses recursos naturais a fim de avaliar seu potencial uso e contribuir para ações de conservação.

Parcerias: USP (Coordenação do projeto); Fiperj e mais 18 instituições nacionais e internacionais.


Financiamento: MCTI/CNPq/FNDCT – Ação Transversal - Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR.


Pesquisadores
  • Beatriz Castelar Duque Estrada
    Fiperj - http://lattes.cnpq.br/4973080003190965


  • Pio Colepicolo Neto
    Pesquisador Coordenador


  • Aline Paternostro Martins


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