A Estação Experimental de Aquicultura Almirante Paulo Moreira, unidade de pesquisa mantida pela Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) em Guaratiba, zona oeste do Rio, sediou na última terça-feira, 15, o I Encontro de Pesquisadores e o II Seminário de Iniciação Científica da instituição. O objetivo é promover a interação entre os profissionais que atuam na área de Pesquisa e Produção e seus estagiários.

Visando o desenvolvimento sustentável da aquicultura (cultivo de peixes, rãs, crustáceos, algas e outros organismos aquáticos) e pesca fluminenses, por meio da geração e difusão de informações e tecnologias, a Fundação realiza uma série de pesquisas aplicadas nas mais diversas áreas: ecologia de ambientes marinhos; nutrição de organismos aquáticos; reprodução, larvicultura e engorda de anfíbios, peixes e moluscos; produção de plâncton para alimentação na aquicultura; tecnologia do pescado; e ciências humanas e sociais de comunidades aquícolas e pesqueiras. Para isso, conta com 20 pesquisadores, entre biólogos, engenheiros agrônomos e de pesca, zootecnistas, médicos veterinários e sociólogo. Atualmente, 34 projetos estão em andamento.

- É muito importante que todos saibam o que vem sendo desenvolvido em termos de pesquisa pela instituição, e com isso possam contribuir uns com os outros, não só enriquecendo estudos em andamento, mas pensando juntos futuros projetos - ressalta o biólogo marinho Augusto Pereira, diretor de Pesquisa e Produção do órgão, destacando ainda a participação especial dos estagiários, que também tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos.

É o caso da estudante Jéssica Botti Diniz, que cursa o 7º período de Biologia Marinha nas Faculdades Integradas Maria Thereza (Famath). Sob a supervisão de uma das pesquisadoras da Fiperj, a médica veterinária Flávia Calixto, Jéssica participa da pesquisa de parasitas em peixes marinhos provenientes do estado do Rio de Janeiro.

- Estagio na instituição há um ano e dois meses. Soube da vaga graças à parceria entre a minha faculdade e a Fiperj, me inscrevi e fui selecionada. Tem sido uma experiência enriquecedora para mim, pois pretendo fazer mestrado e doutorado na área da parasitologia. No estágio, posso colocar em prática o que aprendo na faculdade e ir além, e isso com certeza contribuirá e muito para a minha formação profissional - afirma Jéssica.

Assim como ela, outros seis estagiários participaram do encontro e expuseram suas contribuições em estudos. São eles: Natalia Amaral dos Santos Sul e William Nascimento Silva, alunos de Ciências Biológicas na Universidade Castelo Branco (UCB); Marina Monteiro de Moraes Santos, Juan Valério Factorine e Marianna Severo de Souza, estudantes de Zootecnia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); e Luan César Fontes Moura, que cursa Ciências Biológicas nas Faculdades São José.

O coordenador de Aquicultura da Fiperj, o biólogo Rodrigo Takata, reforça a importância do evento para aproximar os estagiários, estimulando-os a participar cada vez mais.

- Trata-se de uma troca. Temos profissionais com expertise em diversos campos de atuação que podem ajudar esses jovens a encontrarem ou desenvolverem a sua área de interesse. Em contrapartida, os estudantes estão em constante aprendizado e também podem contribuir com novas informações e sugestões para as pesquisas - observa Takata.