A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) disponibilizou mais uma vez um caminhão frigorificado para atender a Associação Livre de Aquicultura e Pesca de Itaipuaçu (Alapi), em Maricá, como forma de apoiar e incentivar a comercialização do pescado fluminense. Mais de uma tonelada de filé de peixe foi entregue a quase 50 unidades de ensino, incluindo creches, do município, na Região Metropolitana. Realizada no último dia 19, a ação aconteceu pelo segundo mês consecutivo, e é resultado do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Com a terceira e última entrega, prevista para o próximo mês, ao todo serão fornecidos às escolas da rede municipal 3.600 quilos de filé, comprados dos pescadores a R$ 15,00 o quilo, por meio do programa. O presidente da Associação, Paulo Cardoso, diz que o apoio da Fiperj é essencial.

- Quando o município começou a ter a necessidade de uma associação que repassasse os produtos dela para a merenda escolar, nós ficamos interessados. Através da Fiperj conseguimos a documentação necessária para participar do programa, e o apoio continuou com o caminhão. Se não fosse a grande força que estamos recebendo, não íamos conseguir participar. Alugar um caminhão para as entregas sairia muito caro, e não seria viável.

O programa - O Pnae garante a compra do pescado, a um preço justo, diretamente das associações de pescadores artesanais. Assim, além de beneficiar os alunos de toda a educação básica com um alimento de alta qualidade nutricional, a medida favorece o empreendedor familiar rural e suas organizações.

A diretora da Escola Municipal João Monteiro, Ana Paula Altoé, garante que o pescado é bem aceito. “A iniciativa é importante não só para a escola, como para o município em geral. Mas, especialmente aqui, os pratos com pescados são alguns dos preferidos dos alunos, o que é muito bom porque é um alimento muito saudável”, disse.

- O Pnae, assim como o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos, do qual a associação também participa], são programas que, além de tudo, dão uma tranquilidade para nós, pescadores, porque sabemos que mesmo se não conseguirmos vender diretamente o produto, ainda temos como repassar para o Governo - concluiu Cardoso.