Sexta-feira 26 de Abril de 2024
A tilápia é hoje o peixe mais cultivado mundialmente. Ela inicia sua vida reprodutiva muito cedo, sendo a sua proliferação descontrolada um problema para a atividade de piscicultura. A fim de estabelecer um maior ganho em peso, com base na maior densidade de estocagem e homogeneidade da produção, métodos de masculinização por meio de hormônios esteróides acrescidos na ração, garantem uma população monossexo. A adição do hormônio 17-α-metiltestosterona na ração é o método mais utilizado na inversão sexual de tilápias e pode produzir cerca de 98% de machos. A eficácia da inversão sexual pode ser verificada através da observação morfológica direta dos órgãos genitais ou através da avaliação gonadal amostral. A proporção utilizada de metiltestosterona é de cerca de 60 mg/kg de ração, por um período de aproximadamente 30 dias, a partir do início da abertura da boca das larvas. Esse projeto tem como objetivo determinar, em condições laboratoriais, a quantidade mínima de arraçoamentos de ração em pó comercial acrescida de hormônio 17 α-metiltestosterona na alimentação de larvas de tilápia que resulte em percentuais ótimos de inversão sexual (mínimo 98%) e, conseqüentemente, de indivíduos monossexo, sem que haja sobrecarga hepática, que comprometa o desenvolvimento de carcaça e ganho de peso. A menor oferta de ração em pó comercial contendo 17 α-metiltestosterona não reduzirá significativamente os percentuais desejáveis para a inversão de larvas de tilápia Tilamax® e contribuirá na redução dos custos na larvicultura, além de reduzir riscos de contaminação ambiental, de resíduos na carcaça e de sobrecarga hepática.
Parcerias e Financiamento: FIPERJ (Coordenação do projeto).
Este é o portal da Fiperj, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento - SEAPPA. A Instituição tem a missão de promover, através de políticas públicas, o desenvolvimento sustentável da aquicultura e da pesca fluminenses.